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quarta-feira, 10 de maio de 2017

#Planeta Verde



Alguns fatores que interferem no asfalto de SP e do Brasil
http://g1.globo.com/am/amazonas/transito/noticia/2016/04/populacao-cobra-o-fim-de-buracos-em-ruas-de-todas-zonas-de-manaus.html
Dickran Berberian, professor da Universidade de Brasília (UnB) e João Virgílio Merighi, professor de engenharia da Universidade Presbiteriana citam alguns fatores que afetam o asfalto em nossas ruas:
Água
“O leigo imagina que o revestimento asfáltico (que fica por cima) é o mais importante na durabilidade e segurança. É importante, mas não o mais. Isso porque, para se fazer o asfalto, começa-se da camada original do terreno, chamada de sub-leito. Essa camada é feita de terra e solo compactado. É a espinha dorsal do pavimento. E o solo não gosta de água. Se molhar, perde a resistência. Essa é no fundo a principal função do revestimento: não deixar entrar água no sub-leito, na sub-base e na base”.
Negligência
“O buraco é um atestado de negligência. Começa assim: se o asfalto deformar mais que o limite calculado, se produz uma trinca, que é o primeiro câncer. Na primeira chuva, a água desce pela trinca. Ela enfraquece a estrutura que é de solo. Na próxima chuva, já se cria deformação. Na chuva seguinte, a água já entra pelas trincas e laterais não protegidas. No próximo ano, aquela deformação vira panela. E na próxima, cratera. E dá-lhe tapa buraco, réplica do tapa buraco e tréplica do tapa buraco. Falta a manutenção do nosso asfalto. Pode-se fazer um paralelo com dor de dente: tratou a cárie no começo não tem dor, não toma tempo, não fica caro e não perde o dente”.
Exigência baixa
“A estrada tem que ser lisa, não pode ter sinal de emenda entre uma faixa e outra. Por uma questão cultural, os fiscais e executores acham que aquele padrão está bom. Também não estamos acostumados a ver coisa de qualidade com o mesmo custo. Há pessoas que estão felizes (com novas estradas e recapeamentos) e nem sabem que, com o imposto que se paga, dá para fazer coisa muito melhor. O próprio operário não tem capricho de ver a coisa bem feita. Isso não quer dizer que já não foi pior”.
Tecnologia
“O país está atrasado tecnologicamente. Mesmo usando tecnologia dos anos 60, fazemos pavimentos bons. (Em relação às rodovias do exterior) Também conseguiríamos fazer bons pavimentos, mas não tão bons quanto. Por exemplo, quando você dirige um carro e está chovendo, é importante ter aderência para o carro não derrapar. Nosso método antigo não prevê isso. O método moderno entra ainda com aderência para um veiculo que esteja a 100 km/h parar, por exemplo”.
Material
“Tem também a qualidade de materiais. Quantos fabricantes de asfalto temos no Brasil? Um, a Petrobras. Não tem concorrência. O que existe é a indústria de aditivos químicos para melhorar qualidade do asfalto e aumentar a resistência do material. Será que eles são colocados conforme estão escritos nos editais? Além disso, você tem um país com extensões e climas diferentes, mas tudo é colocado no mesmo saco. Muitas vezes, estão empregando técnicas e tecnologias do Sul em obras lá no Norte. A nossa infraestrutura daqui, no Norte dura 6 meses ou um ano”.
Qualificação
“Não temos pessoas de elevado nível técnico para atender a demanda. Muitas vezes, não é dinheiro: precisa-se é de gente capacitada. Metade ou mais (dos engenheiros) não estão. Muitos estão errando e não sabem, por falta de conhecimento técnico. Isso é um grande entrave”.
Adaptação http://exame.abril.com.br/brasil/por-que-o-asfalto-brasileiro-e-mesmo-uma-porcaria/
Pelo jeito carros particulares ou mesmo público ainda sofreram o desgaste com os buracos e nós diretamente seja no bolso ou mesmo nos trancos que sofremos em nosso corpo quando passamos por ele.
Infelizmente temos muito que melhorar em nosso país.
Andrei / João

Equipe Blog do Maurício 

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