Conceição Evaristo
Tendo
sido exposta desde pequena às crueldades do racismo, Conceição tornou-se uma
escritora negra de projeção internacional, além de uma militante que atua
dentro e fora dos marcos da academia: é mestre em Literatura Brasileira pela
Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro e conclui atualmente seu
doutorado em Literatura Comparada na Universidade Federal Fluminense. Publicou
seu primeiro poema em 1990, no décimo terceiro volume dos Cadernos Negros, editado
pelo grupo Quilombhoje, de São
Paulo. Desde então, publicou diversos poemas e contos nos Cadernos, além de uma
coletânea de poemas e dois romances.
No
entanto, é muito provável que você nunca tenha ouvido seu nome.
Como
diz Cuti, escritor e pesquisador da literatura negra, “a literatura é poder,
poder de convencimento, de alimentar o imaginário, fonte inspiradora do
pensamento e da ação”. A obra de Conceição Evaristo tem o objetivo claro de
revelar a desigualdade velada em nossa sociedade, de recuperar uma memória
sofrida da população afro-brasileira em toda sua riqueza e sua potencialidade
de ação.
Dia 20 de novembro, o Dia Nacional da
Consciência Negra, é preciso fazer emergir a luta, o conflito, os impedimentos
e a demanda por igualdade.
É preciso lembrar que vivemos em um
país racista que, mesmo quando celebra o negro, acaba por fechá-lo nos
costumes, no lúdico, mantendo o impedimento ao domínio intelectual e político.
Conceição Evaristo nos diz isso: a
mulher negra não é só para ser corpo, beleza, dança… “Negro
é lindo”, mas lindo também porque pensa, porque escreve, porque debate e porque
luta.
Equipe
Blog do Maurício
(Evellyn)
Enzo Rodrigues
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