Luiza
Mahin
Figura histórica que lutou contra a escravidão. Viva na
memória popular como símbolo de combate à sociedade escravista. Mãe biológica
de Luiz Gama, que conhecemos na postagem anterior.
Africana guerreira, teve
importante papel na Revolta dos Malês, na Bahia. Além de sua herança de luta,
deixou-nos seu filho, Luiz Gama, poeta e abolicionista. Pertencia à etnia Jeje,
sendo transportada para o Brasil, como escrava.
Outros se referem a ela
como sendo natural da Bahia e tendo nascido livre por volta de 1812. Em 1830
deu à luz um filho que mais tarde se tornaria poeta e abolicionista. O pai de
Luiz Gama era português e vendeu o próprio filho, por dívida, aos 10 anos de
idade, a um traficante de escravos, que levou para Santos.
Luiza Mahin foi uma
mulher inteligente e rebelde. Sua casa tornou-se quartel general das principais
revoltas negras que ocorreram em Salvador em meados do século XIX. Participou
da Grande Insurreição, a Revolta dos Malês, última grande revolta de escravos
ocorrida na Capital baiana em 1835. Luiza conseguiu escapar da violenta
repressão desencadeada pelo Governo da Província e partiu para o Rio de
Janeiro, onde também parece ter participado de outras rebeliões negras, sendo por
isso presa e, possivelmente, deportada para a África.
Luiz Gama escreveu sobre
sua mãe: "Sou filho natural de uma negra africana, livre da nação nagô, de
nome Luiza Mahin, pagã, que sempre recusou o batismo e a doutrina cristã. Minha
mãe era baixa, magra, bonita, a cor de um preto retinto, sem lustro, os dentes
eram alvíssimos, como a neve. Altiva, generosa, sofrida e vingativa. Era
quitandeira e laboriosa".
Em 9 de março de 1985, o
nome de Luiza Mahin foi dado a uma praça pública, no bairro da Cruz das Almas,
em São Paulo, área de grande concentração populacional negra, por iniciativa do
Coletivo de Mulheres Negras, por lutar e conquistar a liberdade de sua etnia.
Equipe Blog do
Maurício
(Evelyn)
Enzo Rodrigues
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