Transtorno Carlos Armando
Carlos Armando tinha uma profissão de alto risco, todos
os dias tinha de lidar com feras que não conseguia domar, viajava incontáveis
quilômetros por míseros espólios. Carlos era professor.
Senhor Armando, apesar de constantemente aborrecido,
tentava manter a imagem de “cara legal” forçando sorrisos assustadores e
fazendo movimentos exagerados.
Mesmo levando isso em conta, havia uma ocasião anual que
nem mesmo com toda a sua força de vontade ele era capaz de soltar um riso: A
Semana TCA.
Carlos era responsável por dar conclusão a todos os
Trabalhos Colaborativos Autorais, recebeu essa tarefa graças ao Ph.D. em Word
que obtivera de maneira natural nos seus anos de faculdade.
Para ele, era muito difícil suportar o fessô Carlito pra
cá ou profê Armando pra lá.
-Carlito! Esse texto tá bom?
-Carlito! Me ajuda com os dados?
-Carlito! Me empresta um carregador?
Essas falas eram frequentemente ditas pelos alunos do
9°A.
Carlos tinha controle da situação, conseguiu aguentar os
incômodos enquanto estava ocupado e até mesmo os murmúrios que o ofendia.
Porém, um simples questionamento o fez perder a cabeça:
-O que é TCA?
A recente epifania resultou em gozações à mãe do diretor
e palavras que não ouso incluir neste conto, incluirei apenas a exclamação
relevante:
-Eu me demito! - disse com firmeza.
Na manhã seguinte o professor estava lá para orientar o
9°B. Reza à lenda que o estudante despreocupado ainda procura saber o que é um
TCA.
Observação:
Gostaria de desejar um Feliz Dia do Professor e que todos
possam continuar tendo paciência com perguntas que já foram respondidas mil
vezes.
Kaynã
Equipe Imprensa Jovem do Maurício
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