Lima Barreto - Reconhecido depois de morto
Afonso Henriques de Lima Barreto nasceu em 1881 na cidade do Rio de
Janeiro. Enfrentou o preconceito por ser mestiço durante a vida. Ficou órfão
aos sete anos de idade de mãe e, algum tempo depois, seu pai foi trabalhar como
almoxarife em um asilo de loucos chamado Colônia de Alienados da Ilha do
Governador.
Como leu bastante após a conclusão do segundo grau, sua produção textual era de excelente qualidade, foi então que iniciou sua atividade como jornalista, sendo colaborador da imprensa. Contribuiu para as principais revistas de sua época: Brás Cubas, Fon-Fon, Careta, etc. No entanto, o que o sustentava era o emprego como escrevente na Secretaria de Guerra, onde aposentaria em 1918.
Como leu bastante após a conclusão do segundo grau, sua produção textual era de excelente qualidade, foi então que iniciou sua atividade como jornalista, sendo colaborador da imprensa. Contribuiu para as principais revistas de sua época: Brás Cubas, Fon-Fon, Careta, etc. No entanto, o que o sustentava era o emprego como escrevente na Secretaria de Guerra, onde aposentaria em 1918.
Não foi reconhecido na literatura de sua época, apenas após sua morte.
Viveu uma vida boêmia, solitária e entregue à bebida. Quando se tornou
alcoólatra, foi internado duas vezes na Colônia de Alienados na Praia Vermelha,
em razão das alucinações que sofria durante seus estados de embriaguez.
Lima Barreto fez de suas experiências pessoais canais de temáticas para
seus livros. Em seus livros denunciou a desigualdade social, como em Clara dos
Anjos; o racismo sofrido pelos negros e mestiços e também as decisões políticas
quanto à Primeira República. Além disso, revelou seus sentimentos quanto ao que
sofreu durante suas internações no Hospício Nacional em seu livro O cemitério
dos vivos.
Sua principal obra foi Triste fim de Policarpo Quaresma, no qual relata
a vida de um funcionário público, nacionalista fanático, representado pela
figura de Policarpo Quaresma. Dentre os desejos absurdos desta personagem está
o de resolver os problemas do país e o de oficializar o tupi como língua
brasileira.
Lima Barreto faleceu no primeiro dia do mês de novembro de 1922, vítima
de ataque cardíaco, em razão do alcoolismo.
Vejamos um trecho de Triste fim de Policarpo Quaresma:
(...)
“Demais, Senhores Congressistas, o tupi-guarani, língua
originalíssima, aglutinante, é verdade, mas a que o polissintetismo dá
múltiplas feições de riqueza, é a única capaz de traduzir as nossas belezas, de
pôr-nos em relação com a nossa natureza e adaptar-se perfeitamente aos nossos
órgãos vocais e cerebrais, por sua criação de povos que aqui viveram e ainda vivem,
portanto possuidores da organização fisiológica e psicológica pare que
tendemos, evitando-se dessa forma as estéreis controvérsias gramaticais,
oriundas de uma difícil adaptação de uma língua de outra região à nossa
organização cerebral e ao nosso aparelho vocal – controvérsias que tanto
empecem o progresso da nossa cultura literária, científica e filosófica.”
brasilescola.com
Lima Barreto foi um
grande escritor, escreveu de forma clara e metafórica a sociedade brasileira.
Em suas obras encontramos preconceito racial, corrupção dos políticos e da
sociedade que tem prestígio. Lima Barreto refletiu sobre as relações de poder
que existiam na sociedade de sua época como ninguém.
Equipe
Blog do Maurício
Evellyn
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