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domingo, 27 de dezembro de 2015

#CantinhodaCultura

Uma Lenda de Ano Novo
Mais um ano está chegando ao final.
Uns vão dizer que o viveram… Outros dirão que sobreviveram a ele… O fato é que todos chegamos até aqui e, com esperança, seguimos em frente. Paulo Coelho disse  “imagine uma história na sua vida e acredite nela”. Este é um bom ponto de partida para a concretização de nossos desejos. Penso que a pureza da alma (tal como a inocência de uma criança) seja a mola propulsora para um caminho feliz. A lenda de Ano Novo que segue trata da beleza do sentimento puro…
Era uma vez, um lugar distante onde moravam um velhinho e uma velhinha. O velhinho fazia chapéus. Eles eram muito pobres, tanto que certo ano, na véspera do Ano Novo eles não tinham dinheiro nem para comprar os tradicionais bolinhos de arroz. Por isso, o velhinho foi para a cidade a fim de vender os chapéus. Ele pegou cinco chapéus e saiu. A cidade ficava muito longe e o velhinho caminhou por um campo muito extenso. Enfim, o velhinho chegou à cidade:
– Olha o chapéu! Chapéus finos! – Dizia o velhinho enquanto caminhava.
A cidade estava muito movimentada, com muitas pessoas fazendo os preparativos para o Ano Novo. Todos voltavam para casa após comprarem peixe, sakê e bolinhos de arroz. Mas ninguém comprou chapéu. No Ano Novo, ninguém sai para caminhar, por isso não há necessidade de chapéu.
O velhinho andou a cidade o dia todo, gritando, mas não conseguiu vender um só chapéu. E vendo que não tinha jeito, não comprou os bolinhos de arroz e resolveu ir embora.
Quando o velhinho saía da cidade, começou a nevar. O cansado velhinho, apesar do frio, continuou a caminhar pelo campo no meio da neve, quando ele viu a imagem dos Jizos (estátuas feitas de pedra). Estavam alinhados seis Jizos e sobre suas cabeças, havia bastante neve que respingava em seus rostos.
O velhinho de bom coração pensou: “Os Jizos devem estar com frio…” Ele passou a mão na cabeça dos Jizos e tirou a neve que estava acumulada. Depois, cobriu-os com os chapéus que não conseguira vender.
– É um chapéu que não teve saída, mas cubram-se com ele, disse o velhinho.
Mas só tinha cinco chapéus e os Jizos eram seis. Como faltava um chapéu, o velhinho pegou o chapéu que ele usava e cobriu o Jizo.
– É um chapéu velho e sujo, mas cubra-se com ele, disse o velhinho. E o velhinho voltou a caminhar na neve e voltou para casa.
Quando o velhinho voltou para casa, como não estava com chapéu, ficou branco, todo coberto de neve. A velhinha viu e perguntou o que havia ocorrido.
E o velhinho disse:
– Na verdade, não consegui vender nenhum chapéu. No caminho de volta, vi os Jizos e imaginei que estivessem com frio, cobri-os com os chapéus e como faltou um, cobri com o meu.
Ouvindo essa conversa a velhinha ficou emocionada e disse:
– Que gesto nobre!
O velhinho e a velhinha comeram apenas arroz com conservas e entraram nas cobertas. A noite chegou… Já estavam deitados, quando ouviram vozes:
– Entrega de Ano Novo! Onde é a casa do vendedor dos chapéus? Abra a porta vendedor! Eles abriram a porta e ficaram assustados. Na frente da casa, havia muitas mercadorias: arroz, sakê, bolinhos de arroz, peixe, adornos de Ano Novo, cobertores quentes, etc. Os velhinhos olharam em volta e viram seis Jizos de chapéu indo embora. Os Jizos vieram retribuir um Feliz Ano Novo ao bondoso velhinho.
https://sabedoriauniversal.wordpress.com/2011/12/28/uma-lenda-de-ano-novo/
"Pra começar
Cada coisa em seu lugar
E nada como um dia após o outro..." :)
                
Desejo a todos um ótimo ano novo!
Equipe Blog do Maurício
Evelyn

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