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domingo, 1 de julho de 2018

#Planeta Verde


Pichação: também problema ambiental
No Brasil, existe uma diferença entre o grafite e a pichação. Ambas tendem a alimentar discussões acerca dos limites da arte, sobre arte livre ou arte-mercadoria e liberdade de expressão. 
O grafite, em princípio, é bem mais elaborado e de maior interesse estético, sendo socialmente aceito como forma de expressão artística contemporânea, respeitado e mesmo estimulado pelo Poder Público. Já a pichação é considerada essencialmente transgressiva, predatória, visualmente agressiva, contribuindo para a degradação da paisagem, vandalismo desprovido de valor artístico ou comunicativo. Costumam ser enquadradas nessa categoria as inscrições repetitivas, bastante simplificadas e de execução rápida, basicamente símbolos ou caracteres um tanto hieroglíficos, de uma só cor, que recobrem os muros das cidades. A pichação é, por definição, feita em locais proibidos e à noite, em operações rápidas, sendo tratada como ataque ao patrimônio público ou privado, e portanto o seu autor está sujeito a prisão e multa. O grafite atualmente tende a ser feito em locais permitidos ou mesmo especialmente destinados à sua realização.
Crime ambiental
No Brasil, a pichação é considerada vandalismo e crime ambiental, nos termos do artigo 65 da Lei 9.605/98 (Lei dos Crimes Ambientais), que estipula pena de detenção de 3 meses a 1 ano, e multa, para quem pichar, grafitar ou por qualquer meio conspurcar edificação ou monumento urbano
Todavia, os juízes vêm adotando a aplicação de penas alternativas, como o fornecimento de cestas básicas a entidades filantrópicas ou a prestação de serviços comunitários pelo infrator.
A grafia da pichação de São Paulo destaca-se por letras grandes e na vertical, com curvas e detalhes que fazem o diferencial de cada "pixação" (grafada com "x") e conhecida como "pixo" ou "tag reto".
Nos anos de 1970-1980, algumas pichações se tornaram bem conhecidas em São Paulo por serem pioneiras e vistas em várias partes da cidade, despertando a curiosidade das pessoas: "Cão Fila" (que às vezes era acompanhada de "Km 26") e "Juneca" (que depois passou a contar com a assinatura do parceiro "Pessoinha"), Cão Fila era de Tozinho, um proprietário de um canil no km 26 da Estrada do Alvarenga, em São Bernardo do Campo e Juneca se tornou nos anos seguintes um  grafiteiro conhecido.
Celacanto provoca maremoto
O título do episódio National Kid Contra os Seres Abissais, do seriado japonês National Kid, patrocinada pela National Electronics Inc e exibido pela televisão brasileira, durante a década de 1960), deu origem a uma famosa pichação.
No filme, um sinistro oceanógrafo adverte um grupo de garotos: "Não se aventurem nas profundezas dos oceanos. O celacantoquando se enfurece emite grandes ondas de ódio".  A frase, Celacanto provoca maremoto, aparentemente enigmática, tornou-se onipresente nos muros do Rio de Janeiro, em 1977.O autor da pichação era o jornalista carioca Carlos Alberto Teixeira, então com dezessete anos. Na mesma época, havia outra pichação, o Lerfá Mu. Os dois pichadores estudavam na  PUC-Rio  e inicialmente eram rivais. Inspirado nestas pichações foi lançado, em 1979, o filme Lerfá Mu escrito e dirigido por Carlos Frederico Rodrigues.
Infelizmente aqui na Cidade Tiradentes não é diferente e nem nossa escola. Várias marcas que acabam deixando a poluição visual por onde andamos.
Será que não existem outras formas de protestar?
Pense sobre isso e faça sua parte para o meio ambiente melhor.
Mariane e Geovana
Equipe Blog do Maurício

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