Frida
Kahlo
Conhecida por seus autorretratos dolorosos, sua
representação da cultura mexicana e suas naturezas-mortas sensuais, Frida Kahlo
não é propriamente uma surrealista.
Mas a sua amizade com artistas que seguiam o movimento, a
começar por André Breton, seu fundador, fez com que o seu estilo único ecoasse
sobre o trabalho de outras pessoas.
Foi daí que partiu a historiadora de arte mexicana Teresa
Arcq para o recorte de Frida Kahlo - Conexões entre Mulheres Surrealistas no
México,no Instituto Tomie Ohtake, em São Paulo, oferecendo uma abordagem
nova para a obra da artista.
Segundo a curadora, é possível fazer muitas associações
entre Frida e as pintoras selecionadas para a mostra, como o pendor para o
autorretrato. "É impressionante a quantidade de autorretratos que as
mulheres produziram e que não necessariamente as mostravam como artistas no
estúdio, como os homens costumavam se retratar. Elas exploravam o seu interior,
os seus corpos. A representação do corpo feminino também é algo completamente
diferente."
Além de seus autorretratos, Frida exerceu forte
influência sobre outras artistas com suas naturezas-mortas, onde inseria
elementos sexuais que não podia retratar de maneira explícita no México do
começo do século XX, um país marcado pelo catolicismo e pelo conservadorismo.
"Então, Frida usou a imaginação para driblar essa situação, pintando
frutas que pareciam genitálias", exemplifica Teresa.
Informações
sobre a exposição no Instituto Tomie Ohtake
Av. Faria Lima,201 entrada pela Rua Corópes Pinheiros,São
Paulo
O ingresso custa 10 reais e pode ser adquirido na
bilheteria do instituto (de terça a domingo, das 10h às 19h) ou pelo site
Ingresse.com.
Até 10 anos, a entrada é grátis.
Deixe a preguiça de lado e vá conhecer o trabalho desta
artista brilhante que retratou tão bem o universo feminino.
Equipe
Blog do Maurício
Gabriel
Santana / Vinícius
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