Castro Alves
Antônio de Castro Alves nasceu em 14 de março de 1847 na Bahia e é considerado o último grande poeta do Romantismo. Foi o escritor mais importante desta fase, a 3ª fase romântica chamada Poesia Social.
Esta fase que se iniciou, aproximadamente em 1860, é marcada pelas idéias liberais e democráticas e pelo envolvimento dos escritores por questões políticas e sociais. A obra de Castro Alves tem como características a indignação com tantas opressões e a compreensão dos problemas sociais. Sua poesia também possui um tom vigoroso e versos expressivos.
Castro Alves recebeu o apelido de Poeta dos Escravos, pois é na poesia abolicionista que ele melhor se sobressaiu. Nas obras Navio Negreiro e Vozes d’África o poeta denuncia as injustiças e clama por liberdade.
A poesia amorosa de Castro Alves é mais sensual do que o comum na época. A mulher aparece envolvida em um clima de erotismo e paixão e está muito próxima a ele. O amor, em suas obras, não é mais platônico.
Navio Negreiro é considerado um poema épico. Foi escrito no dia 18 de abril de 1868, mas foi tornado público no dia 7 de setembro deste mesmo ano quando foi declamado durante a sessão magna comemorativa da Independência
Trecho do Poema Navio Negreiro:
"...Ontem plena liberdade,
A vontade por poder...
Hoje... cum'lo de maldade
Nem são livres p'ra... morrer...
Prende-os a mesma corrente
— Férrea, lúgubre serpente —
Nas rôscas da escravidão.
E assim roubados à morte,
Dança a lúgubre coorte
Ao som do açoite... Irrisão!..."
A vontade por poder...
Hoje... cum'lo de maldade
Nem são livres p'ra... morrer...
Prende-os a mesma corrente
— Férrea, lúgubre serpente —
Nas rôscas da escravidão.
E assim roubados à morte,
Dança a lúgubre coorte
Ao som do açoite... Irrisão!..."
Deseja conhecer o poema completo? Então assista o vídeo abaixo.
"Oh! Bendito o que semeia
Livros à mão cheia
E manda o povo pensar!
O livro, caindo n'alma
É germe – que faz a palma,
É chuva – que faz o mar!"
Equipe Blog do Maurício
Livros à mão cheia
E manda o povo pensar!
O livro, caindo n'alma
É germe – que faz a palma,
É chuva – que faz o mar!"
Equipe Blog do Maurício
Evelyn
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