Cartola
Cartola (1908-1980) nasceu no Rio de Janeiro, no dia 11 de outubro de 1908. Passou sua infância no bairro de Laranjeiras. Só estudou o curso primário. Mudou-se para o Morro da Mangueira, onde começou a frequentar a vida boêmia e as rodas de samba. Tocava violão e cavaquinho.
Com quinze anos trabalhou como tipógrafo e pedreiro. Durante esse período usava um chapéu, o que lhe valeu o apelido de Cartola. Em 1926, com dezoito anos é expulso de casa, pelo pai, vai morar sozinho num barraco e depois vai viver com Deolinda.
Cartola foi um dos fundadores da escola de samba Estação Primeira de Mangueira, tendo sugerido o nome da escola e as cores verde e rosa. O primeiro samba da escola é de sua autoria "Chega de Demanda". Foi no morro da Mangueira que conheceu Carlos Cachaça, seu parceiro em vários sambas. Na década de 30, Carmem Miranda, Sílvio Caldas, Araci de Almeida e Francisco Alves, foram grandes interpretes de suas músicas.
É impossível falar de samba sem falar em Cartola. Autor de sambas inesquecíveis como "As Rosas não Falam", "O Mundo é um Moinho", e "O Sol Nascente". Com a morte de Deolinda, Cartola deixa o morro da Mangueira e se afasta do meio musical. Passa sete anos vivendo como lavador de carro e vigia.
Em 1956, resgatado pelo jornalista Sérgio Porto, Cartola volta a compor. Encontra Dona Zica e juntos abrem um restaurante, que era ponto de encontro de sambista no Morro da Mangueira, mas depois de dois anos fecha as portas.
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